sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Aos que nunca pensaram
no prazer das palavras
quando ditas ao pé do ouvido,entre pausas e sorrisos,

entre você e eu.

Um olhar nada perdido.
Contrário, fixo
engolia-me.

Uma boca febril,chamava-me.
Saboreando meu breve nome.

As mãos sobrepostas nas minhas,
era um sinal.

Aproximava-se...
corpo e alma.
Tua fala transformada
segredava-me agora seus maiores anseios,
estavamos cada vez mais perto.

As palavras escorreram da boca e caminharam
num ritmo lento até meus ouvidos.

Ah,as palavras e teus lábios,
febris.


Teu calor derreteu meu corpo,
e tua boca,mil desejos despertou.

sábado, 23 de outubro de 2010

Um fiel escritor,as palavras retorna.


Mesmo que passasse por difíceis provas de fogo,
onde as palavras transposeram-se em inimigas
ferindo carne e alma,transformando em carne viva.

Mesmo que vivesse dias de pouca glória,
esperando por hinos de vitória
mas de fundo a canção a lhe declarar derrota.

Mesmo que sentasse ao pé da cama,
e ao ler cartas antigas,lágrimas derramaria
ao perceber que as palavras mais uma vez a derrubou.

E por isso decidiu,não escrever mais sobre a vida,
curar a tal ferida e aceitar qualquer partida.
Porém,não podia negar
era toda palavra,
era toda verso,
toda prosa...era prosa.

E como não dizia o sábio compositor,
um fiel escritor,as palavras retorna.

domingo, 19 de setembro de 2010


Fui ao encontro dela,
mas deixo claro que não por gosto só meu.
Meus olhos precisavam vê-la,
choravam cheios de saudade
E eu,por pena dos pobres olhos meus,
me rendi a graça de seu encanto
a magia de seu encontro
tudo,enfim.
Mas o que eu,deveras gostaria de claro deixar
É que,fui ao encontro teu apenas para não mais sentir meus pobres olhos chorar.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010


E olhe quem aqui de novo está,
a Dona solidão que fez meu barquinho desabar naquele imenso mar.
Pra tirar de vez de mim,aquilo que custei a achar,
ver a verdade desaguar manchando de um cinza escuro meu imenso amar.

Das velas perco o rumo,da proa me aprumo
Vou seguindo,visto que meu querer não se faz tão forte,
quanto a dona que se faz presente.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Quando ela tocava Mother's Journey.


Seus passos eram como notas soltas de um velho piano.
Sentada à direita,mas não de Deus pai,
rasgava-me os ouvidos com sua harmonia feroz.

E com um olhar perdido entre partituras e vinho
Dizia-me com boca roxa:
-Ouça o que pra ti vou tocar.

Tiersen me maltratava a alma,
e ela sabia bem.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Morno misto.


Reluzia intensa com rosto de mulher.
Como Ana de Humberto Gessinger,
Seduzia,ardente como a Gina de Wood.
Era linda de doer os dentes,
E eu,confusa de doer a própria alma.
Provocava em mim,desejo
Em dia de noite quente
Penetrava lenta,as púpilas dilatadas só pra ver ela passar.
testava meu corpo,
diafragma,
músculos,
sistema nervoso.
Dos cinco sentidos,dava-me apenas a graça de três
vê-la passar,ouvir a tempestade de seu riso doce e sentir o cheiro de sândalo e jasmim.
Porém,confesso
queria sentir por completo
como músico em dia de casa cheia.
tocar-te como violino
sentir teu sabor,como fruta madura
e contigo descobrir os novos sentindos,mistura-los,
sentir mil e uma coisa de mil e uma formas.
Viver amor intenso e ter a certeza que nossa história
foi manuscrita,assinada por Shakespeare.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010


O menino olhava na ponta dos pés a vitrine iluminada,transbordando de sonhos,num movimento lento dos olhos,espremendo os dedinhos dos pés contra o chão e mesmo com todo aquele esforço,parecia flutuar.
Observava atento cada detalhe dos carrinhos anos 60..
rodas,pintura,aros,o puro contorno dos banquinhos de couro,a criança cor de jambo tinha ali na atura dos seus olhos,lentos
seu maior desejo em miniatura.
Sentia sim,um misto de prazer e dor..
Dor ,por ver-se separado de suas raridades por um estúpido vidro de loja recém chegada na cidade,e nos dedinhos dos pés,é claro,pelos minutos ai amassados contra o rude chão de pedras.
E prazer,por observar,ainda que por segundos tudo aquilo que um dia jurou ser dele.

Feliz menino cor de jambo,por ao menos poder apreciar de leve o menor e maior anseio de sua infância.Pudera eu,voltar ao tempo e na ponta de meus amassados pezinhos observar um desejo pequenino,mas cheio de ardor.























segunda-feira, 23 de agosto de 2010


A contradição é o que nos alimenta.É através de nossas dúvidas que,provamos o sabor dos caminhos ainda não trilhados.Contradição nos leva ao óbito e ao renascimento,somos fruto de nossas dúvidas,somos poeira de nossos pensamentos. Contradizer não é apenas perder-se entre palavras,é ver que toda moeda tem duas faces.

domingo, 22 de agosto de 2010

Acho que não sei distinguir o real do abstrato,
não enxergo,nem ao menos conheço a linha que divide a minha vida
entre utopia e realidade.

Seriam então,reais aqueles momentos em que eu passei sonhando?
Não sei
Eu não vi mais nada,além de plumas e asfalto.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Peço que as estrelas não guiem tão somente os meus caminhos,
mas também o meu coração.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

No frio escaldante dos meus lencóis.

16 de agosto,2010. Carta de Emilia pra Cobain:
Estranho como rumam as coisas,né? Nossos barquinhos por ai,navegando pelo mesmo oceano,mas sem ao menos se esbarrarem no mesmo cais... pudera,rumavamos...uma ao norte e outra ao sul,mas nada como bons ventos para levantar as velas na mesma direção,não é mesmo? Teu olhar cruzou-se ao meu...por um instante me vi ancorada em teus braços... pensei:"Queria eu,repousar meu barquinho pra sempre aqui" Pensamento escapou pela boca e saiu em forma de "meu anjo." Anjo que hoje guia minhas velas,repousa no meu cais e de mãos dadas comigo,navega mundão a fora por toda a rosa dos ventos,em qualquer direção,qualquer hora... Sentindo de leve a brisa que passa sorridente...príncipe e princesa donos do mesmo barco,amantes do mesmo amor."


EM APÊNDICE:
Amo-te.

domingo, 15 de agosto de 2010

Estou vendendo.

Eu sim senhores,vendo a qualquer custo
qualquer grão.

Pensei por breves segundos em doa-la a alguém,pobre de mim
achar que outro ser qualquer,aceitaria de peito aberto um presente como este.

Eu de fato,pratico um pouco de egoísmo,por querer abandonar algo assim,de meu domínio quase pleno nas mãos de um outro humano tão cheio de pertences.

Mas por favor,não pensem de todo mal do que venho aqui oferecer...
em doses certas talvez venha calhar de ser até um tanto razoável,
como se funcionasse como...HESITAÇÃO,por que não caros senhores?

E se nem assim quiserem tirar de mim toda essa posse...


suplico-lhes...comprem nem que seja pra jogar fora
toda essa minha insegurança.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

No dia em que mi-menor resolveu falar sério:

Uma nova lei vem sendo discutida pelos líderes do congresso,lei esta que obriga filhos a pagarem uma indenização aos seus progenitores caso haja o que chamanos de abandono afetivo.
Esta lei tem como propósito DIMINUIR o número de idosos abandonados afetivamente em nosso país.


PENSEMOS: Pessoas da melhor idade como costumamos os chamar,hoje não tão melhor assim, já sofreram e ainda sofrem por diversos motivos,entre eles o descaso deste mesmo gorverno que hoje pensa caridosamente em aumentar o número de reais nas contas bancárias dos pobres velhinhos abandonados, como se notas e números fossem
elevar suas auto-estimas e dimunuir o número de filhos displicentes em todo o território nacional.
Numa sociedade capitalista onde a maioria das pessoas estão a 150 km/h
fica de fato DIFÍCIL amar e cuidar de seus pais e a MELHOR solução que nós,seres humanos burgueses natos conseguimos achar para punir tal brutalidade é através de nosso queridíssimo capital,certamente este filho se arrependerá e sofrerá ao perder parte de seu suado salário e com TODA A CERTEZA DO MUNDO aprenderá a lição de que abandonar seus pais,além de ser FEIO...custa CARO.
Então queridos amigos,
COMO podemos perceber a barreira entre AFETO e NEGOCIAÇÃO?
Até quando continuaremos a tapar nossas feridas com cédulas das mais variadas cores?



domingo, 8 de agosto de 2010



Se é maldade o que me diz faltar
Não conheces de fato o meu âmbito.

Guardo nos olhos meus desejos mais remotos
e toda a malícia no fundo de um copo de refrigerante.

terça-feira, 3 de agosto de 2010






















Amar poderia ser como máquinas de fotografar...
Onde ajustamos o foco, a intensidade,o tempo... até que tudo fique em perfeita fotometria.. Porém eu que ousadia... amaria apenas no automático. Pois assim sou hoje em dia...ora boa fotografia, ora segunda tentativa. Mas meu amor assim,ligado no automático,tem lá seus contras... escolhe por si o foco, a intensidade,o tempo... fazendo com que meus planos,minha ideia pré-moldada da imagem na mente... torna-se diferente...pois coração visto que todo absoluto do sistema automático... não regula-se de maneira alguma com o cérebro dono sonolento do meu manual.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O tempo havia sido duro com ela.
A cada novo badalo,
a cada nova estação,
suas escolhas eram cravadas como estacas em sua carne quase viva.
quase,pouco faltava para sentir.

Com o passar dos ponteiros,
tiquetaqueando pra lá e pra cá
a menina dos olhos cor de chumbo
via-se presa até o fim de seus tempos
a um adjetivo só...
frívola.


a pobre menina perdia-se em seus atos pueris,
querendo mostrar a todos suas verdades não inteiras...
e o que penso queria eu dizer a ela!

Faltava-lhe maestria.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Dos
chocolates
hoje
sou
o
meio
amargo.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Não havia um segundo e que em que nela não pensasse.
Que não pensasse nela por os olhos,as mãos...entregar de uma vez por todas seu frágil coração.
Dos segundos,trazia a lembrança,das tardes passadas ao lado dela,das flores nas janelas o cheiro de café e canela...avenida passarela só pra ela...passar.
Linda ela vinha em trajes alvos a caminho de seu castelo,segurava-me pelas mãos,sorria.Tímida e brilhante estrela do mar...do meu amar.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

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Em meio a destruição a menina de vestido desbotado e pés descalços me dizia:
-Shiva está no controle,no controle ele está.

domingo, 18 de julho de 2010

Em uma tarde de domingo...

Seu coração passava apertado
nem bala nem agulha.
Precisava era falar.
Sentia queimando o gosto das palavras na ponta de sua língua
era a ausência da língua tua.
Contentava-se então apenas com as fotografias...
um sorriso encantador em todas elas.
Mas seu coração ainda sim passava apertado
nem choro nem vela.
apenas....ela..
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Tão apertado quanto as suas ideias
queria dizer a menina com cara de mais velha
que era por ela que seu coração batia num ritmo essencialmente especial.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ela carregava meu nome em uma das palmas de suas mãos.
Queria eu que do lado esquerdo fosse,pra ser mais perto do coração.

domingo, 11 de julho de 2010

Sou da época em que mãe era um ser sagrado
que gato era pingado
e rua era sinônimo de bola de gude.
Sou do tempo em que corria-se atrás de pipas
e da calça mãe Maria gritava
-Devagar pra não se machucar menina!
Nasci num tempo em que beijo na boca era braço direito do carinho
e juras de amor eram ditas assim,devagarinho
pra que se pudesse saborear com paixão,
deglutir as palavras quase que inteiras.
No meu tempo...amava-se com o coração.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Fale a menina,senhores.

Alguém fala pra ela que não sou mais como antes.
Que espero coisas demais e dou coisas de menos,
egoísmo sem fim.
Informe a garota que hoje sou diferente.
Dissimulada,pouco atraente,pedindo trocados nas calças.
O senhor por favor,escreva uma carta
dizendo a essa menina que hoje eu sou o avesso
de bondade e de respeito e que o que me falta é compreensão.
Mas se ela ainda sim não quiser acreditar,
eu vou bater em sua porta,com cigarros ordinários
e um conhaque velho...defamando e duvidando do evangelho
pra mostrar de uma vez por toda que eu mudei
que levo a vida com insensatez.
Carrego o peso das mentiras que criei
para que acreditasse que longe de ti eu pudesse viver.
Não fale a menina sobre minha confissão.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

-costas nas mãos.

tocava a pele semi-nua...
Ela perdia-se,quase cálida.
apenas um toque e inteira sua tornava-se.
Mãos nas costas...
misto de prazer e graça,segundos de arrepio.
tuas mãos que passeiam pela serpente vertebral.
só pro meu deleite.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

E quando eu falava de amor,
me pedia verdade.
Querias de mim apenas as palavras sinceras,
avulsas.
Pedia-me honestidade
quando eu,puro ardor
chamava baixinho teu nome.
As sílabas escorriam,ainda quentes pelos meus lábios
até bater aos seus ouvidos
e atendendo ao pedido,
vinhas a mim.
Mais baixo que teu nome,susurrava de súbito
mordendo teus lábios convidativos.
-Honestidade meu bem,honestidade.
pedia-me assim.
Mas não podia eu,encher-te de meias verdades
sem antes ser honesta comigo mesma,não podia.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Inverno,Inverno,Inverno e Inverno.
















Via as flores no campo,era inverno.
Sentia ardente os raios de sol,era inverno.
As árvores nuas no bosque,era inverno.
Crianças gorros e casacos,finalmente inverno.





Um sorriso ensaiado rasgava seu rosto.
Coração de gelo...
Era inverno o ano inteiro.

domingo, 27 de junho de 2010

Mudei a cor do quarto,
dos banheiros e da cozinha.
As cortinas são outras
e as roupas também.
Arrumei companhias novas
troquei a marca dos cigarros.
Uso novos sapatos
e passei a mascarr chicletes.
Como de três em três horas
frequento aqueles lugares
mudei a cor dos olhos e dos cabelos
Agora eu quero festa o ano inteiro.
Hoje em dia eu leio a rolling stones
e curto os filmes do Stallone.
Mudei.
mudei tanto.
Fácil
mente
destrutiva.
Facilmente destrutiva.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

No dia em que mi menor resolveu declarar-se:














































embaraço.

terça-feira, 22 de junho de 2010


Pra sempre é do TAMANHO que queremos.

segunda-feira, 21 de junho de 2010


Havia
não
um
rastro
de
luz,
mas
também
de
glória.

domingo, 20 de junho de 2010


Sempre fazemos de alguém
prisioneiro de nosso amor.

Os trancafiamos em nossos corações

sem saber se lá almejam estar.





Somos de um egoísmo tamanho

nos sentimos no direto de aprisionar quem amamos

em pequenas jaulas de sangue corrente.





Quem sabe as pulsações desse rígido músculo

não sejam pedidos de socorro desesperados

transformados em batimentos cardíacos

daquela pequeno ser aprisionado

que luta pelo simples direito

de amar em liberdade.

sábado, 19 de junho de 2010

dias passados.


Acho bonito teu jeito de amar
assim,em pedacinhos
me fazendo inteira feliz.

O jeito que seguras minha mão
as mordidas no pescoço
os beijos dos pés a cabeça.

Gosto de na madrugada acordar
com um sorriso teu,
breve,mas suficiente para na minha cabeça o resto da noite ficar.

Quando me abraças forte
ou em meio a fumaça de seus cigarros
da janela me olhas.














eu gosto é das lembranças,
pensar que é,será.
Eu gosto mesmo é de sonhar.

terça-feira, 15 de junho de 2010

COPALIZANDO!

Um viva aos onze jogadores,
Nossa querida seleção!
Vamos,todos juntos comemorar de verde e amarelo
o grande espetáculo!
São tantas pessoas as margens do gramado de ouro.
O menino sofre o ano inteiro,junta suas moedas só para o jogo assistir!
No país da miséria fazem festa,transformando em luxo o que antes não era bem assim.
Vamos!Todos num só grito!
Brasil brasil êeôo!
Comemorar com alegria instantânea,todos juntos pela vitória da nossa pátria!
Vamos celebrar amigos,de mãos dadas!
Afinal onze jogadores podem ser mais fortes (e são) do que os três poderes!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O círculo metálico agora se encontrava parado,inerte.
Ao lado esquerdo do quarto,uma menina...
mais inerte que o próprio círculo.Queria eu estar em seus pensamentos!
(e estava).
Queria ela poder novamente com o círculo metálico,girar em raios.
Não podia,não sabia.
Lembrava de frases e promessas soltas,tão soltas como todas as frases e promessas devem ser.
Do lado esquerdo do quarto,uma menina.

Do outro lado da tela,AMOR.

Uma psicodélica pintura feita não só de luz...

a menina do lado esquerdo tirando do peito uma pequena caixa onde guardava lembranças,anel e algumas esperanças e a dona de todos os raios(é claro)...Eduarda a princesa que do outro lado da tela morava e a pobre menina no quarto ficava por horas sentada apenas para a tela olhar.

domingo, 13 de junho de 2010

sábado, 5 de junho de 2010

ESTRÉIA: Conversa a dois.

Prosa entre realistas;



-Agora veja você, Dona Margarida vai noivar hoje!Mas ela não sabe.

-Sério ?(espanto)

- Sim,espero mesmo que ela aceite.


-Não gostaria de noivar sem saber.


-Nem eu.(pausa)Eu nem ao menos gostaria de noivar.(gargalhada)


-Eu não sei para que serve noivar muito menos casar.(esperando uma resposta plausível)



-Pra ter a garantia que se alguém tentar fugir do relacionamento,vai pensar duas vezes.Separar dá trabalho e é caro.



FIM.

Palavras de uma traidora.

Pois bem senhoras e senhores,eis aqui a maior e melhor traidora de todos os tempos!
Eu tal como os que matam e violentam mocinhas virgens,
cometi um erro irreparável.
Trai a confiança de um homem e hoje sou digna de suas palavras brutas
laçadas como estacas em minha direção,
cravadas ao peito meu.
Mas essa dor,como muitas outras,lateja calada desapercebida aos olhares infiéis dos que julgam
saber sobre mim.

Aquele homem cujos pensamentos sempre admirei,
hoje julga-me por meu atos
mas não,ele não sabe dos medos e incertezas que tenho.
Porém,julga-me como se meus erros dessem a mim, sentença de morte(e davam).

A menina traidora sorria
o sorriso dos que traem,matam e violentam
os anseios alheio(ele tinha planos para sua vida).

terça-feira, 1 de junho de 2010

Aos extremistas(rima de nada(com nada) )

Aqueles que vivem de uma ponta a outra. Sem intermédios...apenas começo e fim.



Ou amamos em demasia
ou nem pensamos em amar.
Pois os extremistas
vejam só!
Senão temem ao amor,
de corpo e alma vão se entregar.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

No dia em que mi menor resolveu falar.

















Silêncio.




Em cima da mesa,morangos silvestres.

Em cima da boca,largo bigode do anfitrião.


Pelas ruas,esquinas.
Pelas nuas,delírio.


No banheiro,chuva.
No bando,líder.

Na piscina,nado.
Na piada,graça.

Na cachola,pensamento
Na cachola,piscina.

-NÃO!


Na cachola,confusão!

-NÃO!NÃO ERA BEM ASSIM!

Na cachola(pensa,pensa) na cachol..
na cachoeira..


-NÃO!

Na...Cachecol,cachos!

-NÃO!(pensa,pensa)

Na cachoela...na cachola,ela.

Era assim que minha cabeça ficava,quando nas tardes de domingo me ligava para fazer um convite de nada me chamando para no parque passear.Minha cachola girava,não conseguia pensar e eu me concentrava e firme segurava pra minha cachola não pirar,tua beleza então admirava e pedia,implorava para que as tardes de domingo no parque demorasse a passar.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Casa tingida a dois.(Relato simples do dia em que Capitão Morteo e Senhora Alime mudaram-se para uma casa só).

Nas mãos,
tinteiro e pena.
Papel não havia,não havia não senhor!
Queria escrever seus pensamentos com tinta de tinteiro prata
para tilintar em sua boca as palavras que,juntas,tingirão como pena recém chegada do tinteiro todo o espaço cinza.
Não havia papel,não havia não senhor!
Mas no escritório,em cima da mesa...tinta e pena.Pegou então,correu
e corria alegre,veloz.Com pena e tinteiro nas mãos,descia as escadas como tirolesa sem fim (bem aventurada ela era).
Casa e móveis,cobertos por traços finos de pena tingida,escrevia a vida entre uma parede e outra.
-Papel não havia,não havia não senhor!
explicou,incerta e ofegante ao homem que,ao sair deixará sua casa com paredes alvas.
Ela aquietou-se,desconfortável com vestígios de tinta nas mãos.Esperava mostrando paciência, a reação do homem.
Ele aproximou-se,molhou com tinta as pontas dos dedos e rabiscou em uma das quatro paredes da sala:
"Estou feliz agora que temos nossa casa!"

segunda-feira, 24 de maio de 2010

960 horas do meu dia.


E do teu lado o tempo inteiro parece um dia só.
960 horas do meu dia, por dias e mais dias.

domingo, 23 de maio de 2010

Umdiadepalavrastortas.

Das coisas que escrevo
poucas são as linhas das quais não me lembro
guardo todas as letras,palavras,vírgulas dentro de uma grande caixa furtacor.
(a minha grande caixa de palavras furtacor).

Mas poucos,
poucos realmente sabem as sensações que me atacam a cada estrofe
Tirando-me o folego a cada crase,
rasgando-me o peito a cada sílaba.

Confesso,sinto demasiada alegria
quando ao fim de uma linha
chego inteira.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sexta e saudade.[ Palavras grifadas com marca texto fluorescente.]


Numa noite fria que chegava ao fim da semana,
ela tinha companhia.
No piscar lento e doentio dos olhos,
ela revia as fotografias expostas em telas pálidas.
No movimento trêmulo do corpo
sentia a dor física que tinha aquele sentimento.
Descobrira então que em noites geladas de sextas-feiras,
por uma pequena brecha entre janela e cortina
passavam ligeiras as massas de ar úmido,entorpecidas de lembranças avulsas.
Ela tinha companhia.
Na noite fria descobrira a presença,o peso e a prece que tinha a saudade.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Carta ao Capitão Morteo.

Hoje navegas pelo meu mar
És rei absoluto das ondas dos meus pensamentos
Trazendo clareza as minhas águas.
E o que antes era torpor
hoje folia,
alegria...
ondas que vem e vão,
lambendo as areias da minha ilha
noite e dia.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ela reluzia,intensa,menina,mulher.
Ela seduzia,olhava,sorria,inquieta.
Envolvida no brilho azul ROYAL de uma fita
embrulhada,
presente pra mim...
e em mim.

sábado, 15 de maio de 2010

Folia nossa de cada dia.


Gosto quando você me abraça e fica assim repousada no meu peito.

Sei que neste instante,de fato podes ouvir meu coração

que passa a bater em outro ritmo.

Como um grande bumbo de escola de samba,acelerado na avenida

Eu você e meu coração.

Gosto de te sentir por perto,serpentinas e confetes

bumbo você e eu...

sorrisos largos como nas tardes inesquecíveis de folia.


Menina,és de fato todo o meu carnaval.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Declaração em degradê.

Ama
Amar
Amare
Amarel
Amarelo
Amar
Amarc
Amarce
Amarcel
amarcell
Amarcello.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

terça-feira, 11 de maio de 2010












Nas mãos ela tinha a faca e o queijo

e eles as sete pedras.

domingo, 9 de maio de 2010

Quarto quatro.

Eram quatro.
Vez por outra eram apenas dois
raramente ficavam em três.
Eram quatro.
Quatro paredes dividiam as quatro histórias.
Mas mesmo sendo quatro,estavam sós.
Quatro pensamentos distintos e não divididos,
eram apenas quatro faces nuas e sozinhas,
ou não.
Eram mil,mil faces a cada lugar.
Perdidos dentro de suas próprias histórias
viviam entre quatro paredes desbotadas,
quatro copos e um talher,
um talher...
mas todos tinham fome.

sábado, 8 de maio de 2010

musicalidade.

Que amor é esse
que chegou meio bossa nova
e hoje revela-se rock'n roll.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Um chá da tarde com Deus.

-E então,diga-me aonde me procuras? perguntou ele sereno.

-Não estou em tuas casas de concreto. Disse


-Me abrigo em sua maior casa,estou em seu coração.

Respondeu ela depois de um gole de chá e um longo suspiro.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Passos lentos.


Caminho a passos lentos,
pois carrego em minha bagagem
um peso tamanho.
Entre roupas e objetos
guardo minhas dores e perdas
paixões e incertezas
um misto de realidade e útopia.
Guardo também as lembranças,
essas sim,quase que não cabem em minha mala
são enormes,cheias de detalhes
e por mais remotas que sejam
parecem estar vivas!
E estão!
Virtuosas,ocupando grande espaço.
Vou trilhando,eu e minha bagagem
entre caminhos árduos,desconhecidos
cheios de vida ou não.
Sinto a cada dia um peso ainda maior,
caminho a passos lentos,
carregando a cada dia mais
o peso das lembranças.

sábado, 1 de maio de 2010

Cores.


Ouvi dizer por ai
(e quem sou pra discordar)
que cada pessoa carrega uma cor em sua alma.

De outras bocas
(e foi fonte segura que falou)
ouvi dizer também que quando se ama alguém
podemos ver,claramente essa tal cor.

E eu,tal como quem vivia
num mundo preto e branco
acabei por não acreditar tanto assim.

Até que...

Num dia de p&b qualquer
você passou radiante,iluminada.
Transbordavas de nuances e degrades
e apenas eu as via,sim!
Não podia não vê-las
eram belas e vibrantes
e chamavam por meus olhos pálidos,sem cor.

Me vi então imersa num mar de sensações e cores.
No meio de todo aquele extase
lembrava-me vagamente
do que ouvi dizer por ai
( e eles tinham razão)
era amor!
de fato era.

E para quem não acreditava na força das cores
hoje,vejo você menina
um espectro inteiro.