domingo, 19 de setembro de 2010


Fui ao encontro dela,
mas deixo claro que não por gosto só meu.
Meus olhos precisavam vê-la,
choravam cheios de saudade
E eu,por pena dos pobres olhos meus,
me rendi a graça de seu encanto
a magia de seu encontro
tudo,enfim.
Mas o que eu,deveras gostaria de claro deixar
É que,fui ao encontro teu apenas para não mais sentir meus pobres olhos chorar.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010


E olhe quem aqui de novo está,
a Dona solidão que fez meu barquinho desabar naquele imenso mar.
Pra tirar de vez de mim,aquilo que custei a achar,
ver a verdade desaguar manchando de um cinza escuro meu imenso amar.

Das velas perco o rumo,da proa me aprumo
Vou seguindo,visto que meu querer não se faz tão forte,
quanto a dona que se faz presente.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Quando ela tocava Mother's Journey.


Seus passos eram como notas soltas de um velho piano.
Sentada à direita,mas não de Deus pai,
rasgava-me os ouvidos com sua harmonia feroz.

E com um olhar perdido entre partituras e vinho
Dizia-me com boca roxa:
-Ouça o que pra ti vou tocar.

Tiersen me maltratava a alma,
e ela sabia bem.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Morno misto.


Reluzia intensa com rosto de mulher.
Como Ana de Humberto Gessinger,
Seduzia,ardente como a Gina de Wood.
Era linda de doer os dentes,
E eu,confusa de doer a própria alma.
Provocava em mim,desejo
Em dia de noite quente
Penetrava lenta,as púpilas dilatadas só pra ver ela passar.
testava meu corpo,
diafragma,
músculos,
sistema nervoso.
Dos cinco sentidos,dava-me apenas a graça de três
vê-la passar,ouvir a tempestade de seu riso doce e sentir o cheiro de sândalo e jasmim.
Porém,confesso
queria sentir por completo
como músico em dia de casa cheia.
tocar-te como violino
sentir teu sabor,como fruta madura
e contigo descobrir os novos sentindos,mistura-los,
sentir mil e uma coisa de mil e uma formas.
Viver amor intenso e ter a certeza que nossa história
foi manuscrita,assinada por Shakespeare.